Você sabia que a fase mais importante para o desenvolvimento físico e mental do ser humano ocorre nos primeiros 1.000 dias de vida e que esses dias contam desde a fase uterina? É durante todo este período de 1.000 dias que ocorre a maior evolução do crescimento humano.
Para conhecer mais sobre esse tema, no post de hoje vamos entender o que são os primeiros 1.000 dias do bebê e ver qual é a importância para o seu desenvolvimento.
O que são os primeiros 1.000 dias de vida do bebê?
O termo é decorrente de uma série de estudos publicados na revista de medicina inglesa chamada de Lancet, entre 2008 e 2013, que analisou os primeiros mil dias do ciclo de vida, demonstrando que o cuidado já se inicia com a mãe durante a gravidez até o segundo aniversário da criança.
Ou seja, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP/SP), o termo 1.000 dias corresponde às 40 semanas de gestação (270 dias) somadas aos dois primeiros anos de vida (730 dias), que representa um período fundamental para que a criança possa atingir o seu potencial máximo de crescimento e desenvolvimento na vida adulta.
E por que os 1.000 dias começam a contar desde a gravidez? Porque a gestação impacta na saúde física e emocional do feto. Sabe-se, por exemplo, que a alimentação da mãe durante esse período ajuda a determinar o paladar e o olfato do bebê, uma vez que as nuances de sabor passam para o líquido amniótico (fonte: Hospital São Domingos).
Primeiros 1.000 dias de vida do bebê: fase do pré-natal
De acordo com o Hospital Infantil Sabará, é a partir da gestação, quando o feto começa a se formar na barriga da mamãe, que se iniciam os cuidados mais diretos de apoio e preparo para a vida saudável do bebê.
Para isso, é importante garantir que a mãe tenha uma dieta balanceada, com a ingestão dos nutrientes essenciais, pois o déficit de algumas substâncias pode ocasionar baixo peso do bebê ao nascer e prematuridade e, em excesso, pode gerar recém-nascidos com peso aumentado.
Primeiros 1.000 dias: a importância da nutrição do bebê nos primeiros 2 anos
Já falamos sobre a importância de um bom acompanhamento durante o pré-natal. E com o nascimento do bebê, é necessário manter os cuidados com uma alimentação saudável.
O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a amamentação até os dois anos de idade ou mais, sendo somente leite materno (aleitamento materno exclusivo) nos primeiros 6 meses. Ou seja, não há a necessidade de sucos, chás, água ou outros alimentos nos meses iniciais.
Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis e de hábitos da família, de maneira paulatina. É o que chamamos de introdução alimentar do bebê.
Assim, de acordo com o Hospital São Domingos, a alimentação apropriada para os primeiros 1.000 dias do bebê inclui uma dieta equilibrada da mãe na gravidez, o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida do bebê e, a partir daí, a introdução de alimentos. Além disso, há estudos que mostram que o aleitamento exclusivo até os 6 meses de vida favorece o desempenho intelectual e que a nutrição correta reduz o risco de se desenvolver obesidade e doenças cardiovasculares quando adulto.
A importância do estímulo nos primeiros 1.000 dias do bebê
Para além da alimentação saudável e adequada, estimular e brincar devem ser considerados como atividades muitos importantes desde o nascimento.
De acordo com o Portal Primeiros 1.000 dias, com um bebê de um mês, por exemplo, dá para balançar um chocalho para que ele ouça o som e associe ao movimento. Com os maiorzinhos, brincar também favorece o exercício da autonomia, o que possibilita que as crianças sejam mais independentes, autoconfiantes e menos agressivas.
Como estimular o bebê a andar
De acordo com o Portal Alô Mãe, da Prefeitura de São Paulo, o ato de andar é um marco no desenvolvimento da criança. Porém, é importante entender que cada criança tem seu tempo. Caso a criança tenha dificuldade dentro do tempo previsto, não significa que seja um problema de saúde, mas estimular e ficar atento promove vínculos fortes e importantes.
No geral, estima-se que entre 12 aos 14 meses que o bebê comece a andar, de fato. Aos 18 meses, a maioria das crianças consegue andar sozinha. Para estimular e incentivar o seu bebê a andar, há algumas dicas:
- A forma mais indicada para que o bebê comece a andar é descalço.
- Deixar a criança brincar com objetos no chão, os mais coloridos, sons no ambiente e pessoas queridas podem criar o interesse da criança e estimular o desenvolvimento.
- Evite expressar tristeza quando a criança não conseguir realizar a tarefa, isso pode trazer frustração e receio em realizar novas tentativas.
Assim, oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida, ou seja, os primeiros 1.000 dias, é mais eficaz e gera menos custo do que tentar reverter ou minimizar os problemas mais tarde.
Encontre uma pediatra em Campinas
Se sua família vive na região de Campinas (SP), que tal fazer o acompanhamento do seu filho ou da sua filha com uma pediatra especializada em gastroenterologia pediátrica, refluxo em bebê, introdução alimentar correta e saudável, trato intestinal do bebê e da criança, doença celíaca, alergias alimentares, dentre outras situações?
Marque hoje uma consulta preventiva para seu filho ou para a sua filha na Pediatra Campinas.
Continue acompanhando mais notícias e novidades sobre cuidados com as crianças, dicas de introdução alimentar, cólica em bebê, puericultura, APLV, uso de chupeta, escala do cocô, como estimular o seu bebê, principais cuidados e muito mais: acesse agora mesmo o nosso blog.
Dra. Bianca Furlan Fernandes – CRM 169052