Entenda tudo sobre a Chupeta
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, é preciso pesar os prós e contras de oferecer ou não a chupeta à criança e os pais devem se cercar de todos os dados para a sua decisão.
Prós do uso de Chupeta
– A sucção é um reflexo primitivo essencial para a sobrevivência, possibilitando o aprendizado de mamar e se inicia por volta do 4º mês de gestação. É mais do que normal que os bebês procurem a sucção para se acalmar, seja por meio do seio materno, do dedo, da chupeta ou da mamadeira, como forma de se sentirem acolhidos.
– Importante aliado para momentos de estresse do bebê
– Pode diminuir o risco de morte súbita
Contras do uso de Chupeta
– Pode prejudicar a amamentação, principalmente nos primeiros meses enquanto a amamentação não está bem desenvolvida, por confusão de bico
– O uso por longos períodos do dia e a longo prazo podem desencadear problemas de alinhamento dentário, de respiração, de mastigação e de fala devido a alterações na musculatura da região e menor estímulo na comunicação
– Favorece a otite, famosa “dor de ouvido”, pois faz com que o músculo responsável pelo funcionamento da tuba auditiva (canal de comunicação entre o ouvido e a garganta) não seja estimulado de forma adequada
– Podem aumentar a chance de viroses e infecções bucais – como aftas e candidíase oral, conhecida popularmente como “sapinho”
Se a opção for oferecer chupeta, recomenda-se que o seu uso seja limitado até 1 ano de idade, máximo até os dois anos, e sua introdução deve ocorrer após a amamentação estar bem estabelecida (mamando bem, ganhando peso e a mãe sem fissuras ou dores) e restringir o seu uso para momentos críticos e pontuais. Lembre-se de dar preferência à modelos ortodônticos, com orifícios de respiração para evitar irritações e de silicone – menos porosos e toleram mais esterilização. Com boa orientação, retirar a chupeta não causará trauma.
E lembre-se: é importante que os pais deem um tempo para compreender qual o incômodo e/ou a necessidade causou o choro, pois é comum oferecer chupeta ao bebê tão logo ele comece a resmungar ou sem nenhum motivo. A criança pode ficar em silêncio, o que não significa que sua necessidade tenha sido atendida, e “se conformando” com o prazer temporário. Por isso, é importante tentar entender o bebê, para que ele aprenda a lidar com suas necessidades e, com o crescimento, suas frustrações.
Dra. Bianca Furlan Fernandes – CRM 169052