As dificuldades na alimentação infantil podem surgir em bebês por uma variedade de razões e podem apresentar-se de diferentes formas. Desde o momento em que começam a introdução alimentar até o desenvolvimento de hábitos alimentares mais complexos, os bebês podem enfrentar desafios que afetam sua nutrição e crescimento.
No post de hoje vamos entender as causas das dificuldades na alimentação infantil, a idade que mais ocorrem esses problemas e como a família pode ajudar apoiar.
Quais as causas das dificuldades na alimentação infantil?
As dificuldades alimentares na infância podem ter uma variedade de causas, que podem ser físicas, emocionais ou comportamentais. Algumas das causas mais comuns incluem:
- Intolerâncias ou alergias alimentares: Algumas crianças podem ter reações adversas a certos alimentos devido a intolerâncias alimentares, alergias alimentares ou sensibilidades alimentares. Isso pode levar a desconforto gastrointestinal, irritabilidade durante as refeições e recusa em comer certos alimentos.
- Dificuldades sensoriais: Algumas crianças têm sensibilidades sensoriais que afetam sua percepção de texturas, sabores, cheiros e temperaturas dos alimentos. Isso pode tornar certos alimentos menos toleráveis ou até mesmo desencadear aversão alimentar.
- Problemas de desenvolvimento oral: Dificuldades com a sucção, mastigação, deglutição ou coordenação dos músculos da boca podem afetar a habilidade da criança em comer alimentos sólidos.
- Traumas ou experiências negativas: Experiências negativas durante a alimentação, como engasgos, vômitos, ou forçar a criança a comer, podem criar associações negativas com a comida e levar a recusa alimentar.
- Ansiedade ou estresse: Crianças podem experimentar ansiedade ou estresse em relação à comida devido a fatores como mudanças na rotina, pressões para comer ou ansiedade de separação.
- Modelos inadequados de alimentação: Modelos inadequados de alimentação em casa, como dietas restritivas, falta de variedade de alimentos ou hábitos alimentares pouco saudáveis dos pais, podem influenciar negativamente os hábitos alimentares da criança.
- Condições de saúde: Condições médicas, como refluxo gastroesofágico, constipação crônica, transtornos de ansiedade ou distúrbios do espectro do autismo, podem contribuir para dificuldades alimentares na infância.
É importante reconhecer que as dificuldades alimentares podem ser complexas e multifatoriais, e que cada criança pode ter uma combinação única de fatores que contribuem para seus desafios alimentares. Identificar as causas subjacentes das dificuldades alimentares é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de manejo e intervenção.
Em casos de preocupação, é fundamental buscar orientação de um profissional de saúde qualificado, como um pediatra.
Qual a idade em que mais ocorrem dificuldades alimentares?
É importante saber que as dificuldades alimentares são comuns em crianças pequenas desde o aleitamento materno e podem persistir por toda a infância, mas se bem conduzidas a maior parte dos quadros é leve, transitória e podem ser tratadas com sucesso.
Os lactentes podem apresentar oscilações de apetite e de preferências alimentares em determinados estágios da infância. Quando os pais não toleram os períodos de recusa alimentar e reagem de forma inadequada, essas alterações do comportamento alimentar podem transformar-se em dificuldades alimentares, ocorrendo de forma persistente e grave, a ponto de comprometer a relação dos pais com a criança e determinar mudanças na dinâmica das refeições e na rotina da família, alterar o crescimento físico e o desenvolvimento (fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria).
Como as famílias podem ajudar a melhorar a relação da criança com os alimentos?
Em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, a alimentação está profundamente entrelaçada com aspectos sociais, emocionais, culturais e com as tradições familiares passadas de geração para geração. Observar os hábitos alimentares de diferentes regiões é uma forma de ver essa conexão em ação.
Por essa razão, envolver as crianças nesse contexto alimentar pode ser extremamente positivo para desenvolver uma relação saudável com a comida. Aqui vão algumas sugestões:
- Encoraje a participação das crianças no preparo das refeições, começando por tarefas simples e aumentando a complexidade de acordo com a idade, como enxaguar o arroz ou ajudar a cortar vegetais sob supervisão;
- Aproveite idas ao mercado ou à feira para permitir que as crianças descubram os diversos tipos de alimentos, ensinando-as a escolher frutas e vegetais e a apreciar a variedade de cores, formas e texturas;
- Use histórias para apresentar novos alimentos, despertando a curiosidade das crianças e encorajando-as a provar novos sabores;
- Enfatize que uma alimentação equilibrada está ligada a uma vida saudável, e não apenas à estética;
- Pratique refeições em conjunto, à mesa, longe de distrações eletrônicas.
Importante lembrar que todas essas atividades devem ser introduzidas progressivamente, respeitando sempre o conforto e os limites da criança. O respeito é um componente chave no processo de introdução alimentar infantil (fonte: Portal Drauzio Varella).
O que não pode faltar na alimentação infantil?
Para garantir que a alimentação do seu filho seja saudável, é fundamental seguir alguns passos importantes, especialmente nos primeiros dois anos de vida. Aqui vão algumas dicas baseadas nas orientações do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de Dois Anos do Ministério da Saúde:
- Continue amamentando: Tente amamentar seu filho até os dois anos ou mais, e mantenha o leite materno como alimento exclusivo até ele completar seis meses.
- Introduza alimentos naturais: A partir dos 6 meses, comece a oferecer alimentos frescos e pouco processados, juntamente com o leite materno.
- Prefira água: Dê água pura para beber, ao invés de sucos ou refrigerantes açucarados.
- Alimentação amassada: Quando for hora de começar a comer outros alimentos, prefira os amassados, fuja da peneira e liquidificador.
- Evite açúcar e ultraprocessados: Até os dois anos, não ofereça alimentos com açúcar adicionado ou ultraprocessados.
- Comida da família: Prepare a mesma refeição tanto para a criança quanto para o resto da família.
- Momentos agradáveis à mesa: Faça das refeições um momento de partilha, aprendizado e carinho.
- Atenção aos sinais de fome e saciedade: Respeite quando a criança mostra que está satisfeita ou com fome.
- Higiene é essencial: Cuide sempre da limpeza antes e depois de comer.
- Coma fora de casa, mas com saúde: Quando estiverem fora, continue oferecendo opções saudáveis.
- Fique de olho na publicidade: Proteja seu filho da propaganda de alimentos não saudáveis.
- Leve opções saudáveis na lancheira: Inclua água, frutas frescas e lanches caseiros na lancheira.
Gostou de saber mais sobre alimentação infantil? Que tal fazer o acompanhamento com uma pediatra especializada em puericultura, gastroenterologia pediátrica, refluxo em bebê, introdução alimentar correta e saudável, trato intestinal do bebê e da criança, doença celíaca, alergias alimentares, dentre outras situações?
Marque hoje uma consulta preventiva para seu filho ou para a sua filha na Pediatra Campinas.
Continue acompanhando mais notícias e novidades sobre cuidados com as crianças, dicas de introdução alimentar, cólica em bebê, puericultura, APLV, uso de chupeta, escala do cocô, como estimular o seu bebê, principais cuidados e muito mais: acesse agora mesmo o nosso blog.