A partir da gestação e principalmente após a chegada do bebê, a vida nunca mais será a mesma. E antecipar-se ao turbilhão de mudanças dessa fase pode ajudar a estar preparado para cada nova etapa. Assim como a obstetra orienta e cuida da mãe e do bebê durante toda gestação e parto, o pediatra tem esse papel antes mesmo do bebê nascer.

Escolher o pediatra e ter uma consulta pré-natal (antes do parto) pode esclarecer diversas dúvidas e o pediatra terá tempo de já orientar sobre alguns pontos importantes na preparação para a chegada do bebê e nos seus primeiros dias, antes da primeira consulta do bebê. Além disso, visa reduzir os medos, as apreensões e a ansiedade da família em relação à chegada do bebê. Transformar os pais em cuidadores eficientes é um dos objetivos. Infelizmente, poucos usufruem dessa consulta, seja por falta de conhecimento ou até por não disponibilidades por muitos planos de saúde.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) reforça a importância da consulta pré-natal com o pediatra que geralmente ocorre no terceiro trimestre de gestação, que elucido abaixo os principais tópicos elencados pela SBP a seguir. Além de revisar o que já foi feito pelo obstetra, o pediatra pode reforçar orientações sobre a via de parto, infecções maternas e vacinas maternas. As primeiras orientações sobre a amamentação são de grande valor, já explicando o preparo das mamas, pega adequada, primeiras dificuldades e dúvidas mais comuns. Conversar também sobre o impacto do nascimento da criança como as mudanças na rotina familiar e sua adaptação à chegada do recém-nascido, para redução da ansiedade familiar.

Orientar sobre os aspectos gerais dos cuidados com o recém-nascido: o manejo do coto umbilical, os banhos, a higienização às trocas de fraldas, a posição “de barriga para cima” para dormir e a lavagem das mãos como a técnica mais eficaz para evitar infecções. Abordar o choro como forma de comunicação do bebê, não necessariamente relacionado a dor e sofrimento e as estratégias usadas para seu controle; as cólicas, as regurgitações, colocar o bebê para “arrotar” depois das mamadas, o padrão de sono fracionado, com despertares frequentes durante a noite e a perda fisiológica de peso esperada na primeira semana de vida.

Outro ponto fundamental é a segurança da criança: identificar os sinais de alerta que podem sugerir riscos para a saúde da e adotar medidas de segurança em casa e no transporte. Por fim, ser um espaço livre para a família expor outras dúvidas da família para uma maior segurança nos cuidados aos seus filhos e criar um vínculo com o pediatra de seguimento. Sendo assim, não deixe de ter esse momento de cuidado com toda a família e agende sua consulta pré-natal com o pediatra.

Fonte: SBP