Vacinação

Vacinação

A vacinação é um ato de proteção. Não só individual, mas a nível populacional.

A vacinação é um ato de proteção. Não só individual, mas a nível populacional. Ao se vacinar e vacinar seu filhos, você diminui a chance de contrair doenças ou suas formas graves e, consequentemente, evita a propagação de doenças, incluindo para os mais vulneráveis ou aqueles que, por algum motivo médico, não podem receber a vacina.  Você sabia que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é referência mundial? Sim, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS), cita o nosso PNI como referência devido sua abrangência como medida de saúde pública e, o que foi alcançado pelo Brasil em imunizações, está muito além do que foi conseguido por qualquer outro país, principalmente devido a sua dimensão territorial e diversidade socioeconômica.

Existem diversos mitos sobre a vacinação e suas contraindicações, procure seu médico de confiança para receber as informações de forma objetiva e com embasamento científico. Vamos responder alguns questionamentos mais comuns:

O que é uma vacina?
A vacina é a aplicação de uma partícula capaz de produzir uma reação no nosso corpo levando a produção de anticorpos de memória sem causar a doença. Esses anticorpos de memória, chamados de IgG (imunoglobulina G), possibilitam que frente a uma exposição ao agente, o nosso sistema imune tenha uma resposta rápida e impeça que a doença se manifeste.

Como é feito uma vacina?
O processo de produção de vacinas é complexo, pois precisa-se conhecer profundamente o agente que se quer combater e como o corpo reage frente a exposição a ele, para que a vacina seja eficaz e gere proteção. Ela pode ser produzida a partir do microorganismo ou de componentes dele. Pode ser inativa (completamente desativado) ou atenuado (presente de forma muito menos agressiva, não causando doença naqueles sem contraindicações). As vacinas ATENUADAS são: sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral ou SCR); febre amarela e poliomielite oral. Algumas vacinas podem conter outras substâncias na sua composição, como traços de ovo de galinha, no caso da Influenza por exemplo, presente em uma das etapas da sua produção. Cada vacina terá um processo de produção específico e diversos estudos comprovando sua segurança e eficácia.

Quem não deve receber vacinas?
São poucos os casos, mas existem algumas situações em que vacinas são contraindicadas:
•    um bebê prematuro, menor de dois quilos, pode ser necessário aguardar para receber as vacinas de hepatite B e BCG, exceto se o recém-nascido tem risco de ter sido exposto a hepatite B devido infecção materna;
•    em caso de suspeita de deficiência de imunidade ou que a mãe fez uso de alguma medicação que pode interferir na imunidade do bebê, a BCG está contraindicada;
•    a vacina do rotavírus não deve ser aplicada acima de 3 meses e 15 dias ou naqueles com suspeita de imunodeficiência ou cujas mães fizeram uso de biológicos durante a gestação;
•    para vacinas com agentes ATENUADOS: paciente em tratamento oncológico; transplante de medula óssea recente; uso de medicamentos que diminuem a imunidade; doenças que diminuem a imunidade
Em caso de alergia, cada caso deve ser individualizado e discutido com seu médico.

As vacinas causam efeitos colaterais?
As vacinas são seguras, mas, como qualquer medicamento, podem causar reações. Essas reações são leves e temporárias em sua maioria, como dor no local da aplicação ou febre baixa. Eventos graves são raros e cuidadosamente acompanhados, e orientações são feitas quanto as próximas doses para cada caso. É muito mais fácil que se adoeça gravemente por uma doença evitável pela vacina do que pela própria vacina.

As vacinas podem causar autismo nas crianças?
Não existe evidência científica entre vacinas e autismo. Houve um estudo em 1998 publicado na revista The Lancet que levantou preocupações sobre essa possibilidade, entretanto foi posteriormente considerado seriamente falho e foi retirado pela revista. Além disso, seu autor foi impossibilitado de exercer a medicina. Mas, infelizmente, sua publicação levou à queda das coberturas de vacinação devido a uma suposição totalmente errônea, expondo a população a subsequentes surtos de sarampo, entre outros.

Eu posso repetir a dose para reforçar a imunização?
Cada vacina tem seu regime vacinal específico, de acordo com idade, quantidade de doses, intervalo entre elas e necessidade de reforço, pois nem toda vacina gera proteção permanente com única dose, necessitando de outras aplicações ao longo da vida para que os anticorpos continuem em níveis que gerem proteção. Não há problema em se tomar mais doses que o total recomendado de uma mesma vacina (como no caso de extravio da carteira de vacinação), mas não traz benefícios e não vai trazer mais prevenção ou menos.

A vacina comprada em clínicas particulares é “mais forte”?
Não, em termo de qualidade de proteção é igual. As vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação são iguais às dos países desenvolvidos e sua segurança aprovada pela Anvisa e Instituto Nacional de Controle de Qualidade INCQS/Fiocruz. O que pode mudar é ter maior gama de agentes numa mesma vacina aplicada.

Vacina contra gripe causa gripe?
A vacina contra a gripe é inativada, ou seja, vírus mortos, dessa forma não tem como causar gripe. Quadros respiratórios podem ocorrer sem relação com a vacina, principalmente porque, na época em que a vacina é aplicada, há maior circulação de vírus respiratórios diferentes que não estão incluídos na vacina.

As vacinas protegem 100% contra uma doença?
As vacinas oferecem alto índice de proteção, geralmente entre 90-100%, principalmente das formas graves, mas podem diminuir o índice de eficácia com o passar do tempo – tanto que há vacinas anuais, outras que devem ser reforçadas de tempo em tempos.

Converse com seu médico para a melhor orientação e estar sempre protegido.



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