A obesidade infantil é uma condição séria que afeta crianças e adolescentes e está associada a um acúmulo excessivo de gordura corporal. Essa preocupante condição de saúde tem se tornado uma epidemia global, sendo influenciada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais, comportamentais e socioeconômicos.
No post de hoje, entenderemos melhor sobre a definição e causas da obesidade infantil, os riscos, os tipos de doenças e como prevenir a obesidade infantil.
O que é obesidade infantil?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade infantil é uma doença crônica, decorrente do excesso de gordura no corpo da criança, que já é considerada uma epidemia global. O diagnóstico da doença é feito com base na distribuição do peso do corpo em relação à altura e à idade, cálculo conhecido como IMS – índice de massa corpórea.
Esse cálculo é feito a partir de parâmetros definidos pela Organização Mundial de Saúde, relacionados às curvas de crescimento e utilizados para classificar o estado nutricional infantil.
Vale ressaltar, no entanto, que a obesidade infantil não pode ser analisada apenas pelo número na balança. Para entender a doença, é preciso levar em conta fatores como crescimento e desenvolvimento da criança, acesso a uma alimentação saudável, porcentagem de gordura corporal, entre outros aspectos (fonte: Proteste).
Quais são as principais causas?
É importante entender que a obesidade infantil é uma condição multifatorial, influenciada por uma variedade de fatores. As principais causas da obesidade infantil incluem:
- Dieta inadequada: O consumo excessivo de alimentos altamente calóricos, ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e alimentos processados contribui significativamente para o ganho de peso em crianças.
- Falta de atividade física: Mudanças nos estilos de vida modernos, como o aumento do tempo gasto em atividades sedentárias, como assistir televisão, usar dispositivos eletrônicos e jogar videogames, resultam em níveis reduzidos de atividade física, o que pode levar ao acúmulo de gordura corporal.
- Genética e predisposição hereditária: Fatores genéticos desempenham um papel importante na predisposição de uma criança à obesidade. Se os pais são obesos, há uma maior probabilidade de seus filhos desenvolverem obesidade devido à influência genética e ambiental.
- Ambiente familiar e socioeconômico: Ambientes familiares que promovem hábitos alimentares pouco saudáveis, como consumo frequente de fast food e alimentos processados, assim como a falta de atividade física podem aumentar o risco de obesidade infantil. Além disso, fatores socioeconômicos, como acesso limitado a alimentos saudáveis e opções de atividades físicas, também contribuem para a obesidade infantil.
- Fatores psicossociais: Estresse, ansiedade, depressão e problemas emocionais podem levar ao consumo excessivo de alimentos como forma de conforto emocional, o que pode contribuir para o ganho de peso.
Quais são os principais fatores que podem contribuir para a obesidade infantil?
Como foi visto, os fatores genéticos podem influenciar a susceptibilidade de uma criança à obesidade, mas são as mudanças no estilo de vida — particularmente o aumento do consumo de alimentos de alta densidade energética e a diminuição da atividade física — que têm impulsionado a crescente prevalência da obesidade entre crianças e adolescentes, conforme pontua a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
As influências ambientais e comportamentais, como a disponibilidade de alimentos saudáveis, o nível de atividade física, e o tempo dedicado a atividades sedentárias, desempenham um papel crucial no balanço energético e, consequentemente, no desenvolvimento da obesidade.
Além disso, fatores psicossociais e econômicos também contribuem para o risco de obesidade, afetando os padrões alimentares e a atividade física das crianças.
Assim, precisamos entender que a obesidade infantil não é apenas o resultado de escolhas individuais, mas também é extremamente influenciada pelo contexto social, econômico e familiar em que a criança está inserida. Essa condição está associada a várias complicações de saúde, tanto imediatas quanto a longo prazo.
Quais são os riscos da obesidade infantil?
A obesidade infantil apresenta diversos riscos para a saúde, incluindo problemas físicos como diabetes e doenças cardíacas, além de desafios emocionais como baixa autoestima e depressão.
Crianças obesas também têm maior probabilidade de permanecerem obesas na vida adulta, o que pode resultar em complicações de saúde a longo prazo. Portanto, é crucial promover hábitos saudáveis desde cedo para prevenir e tratar a obesidade infantil.
Quais são as doenças causadas pela obesidade infantil?
A obesidade infantil contribui com diversos problemas de saúde. Entre elas estão:
- Diabetes tipo 2;
- Doenças cardiovasculares, como hipertensão, colesterol alto e problemas cardíacos;
- Síndrome metabólica;
- Problemas respiratórios, como asma ou apneia do sono;
- Problemas na articulação;
- Acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática);
- Baixa autoestima, depressão e ansiedade.
- Alguns tipos de câncer.
Como prevenir?
A obesidade em crianças e adolescentes pode ser prevenida com mudanças de hábitos no dia a dia. Veja abaixo algumas estratégias que podem ser eficazes (fonte: Ministério da Saúde):
- Promoção do aleitamento materno exclusivo: Encorajar o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida, visto que o leite materno oferece a nutrição ideal e protege contra diversas doenças.
- Alimentação saudável pós-aleitamento: Após os 6 meses, a introdução de alimentos complementares saudáveis, priorizando alimentos in natura ou minimamente processados, e evitando alimentos ultraprocessados.
- Promoção de atividades físicas: Estimular a prática regular de atividade física desde a infância, incluindo brincadeiras ao ar livre e limitação do tempo de tela.
- Educação nutricional: Informar pais e responsáveis sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada, evitando insistir para que as crianças “limpem o prato”, para preservar a capacidade de autorregulação da saciedade.
- Limitar o consumo de alimentos ultraprocessados: Reconhecer que a introdução precoce e o consumo de alimentos ultraprocessados são fatores de risco para o ganho de peso excessivo.
- Conscientização sobre o comportamento sedentário: Reduzir comportamentos sedentários, promovendo o envolvimento em atividades físicas no lugar do uso excessivo de dispositivos eletrônicos.
É importante reforçar que essas medidas requerem a colaboração entre famílias, profissionais de saúde e escolas para criar um ambiente que apoie o crescimento e desenvolvimento saudáveis das crianças.
Encontre uma pediatra em Campinas para o tratamento da obesidade infantil
Se sua família vive na região de Campinas (SP), que tal fazer o acompanhamento alimentar com uma pediatra especializada em puericultura, gastroenterologia pediátrica, refluxo em bebê, introdução alimentar correta e saudável, trato intestinal do bebê e da criança, doença celíaca, alergias alimentares, obesidade infantil, dentre outras situações?
Marque hoje uma consulta preventiva para seu filho ou para a sua filha na Pediatra Campinas.
Continue acompanhando mais notícias e novidades sobre cuidados com as crianças, dicas de introdução alimentar, cólica em bebê, puericultura, APLV, uso de chupeta, escala do cocô, como estimular o seu bebê, principais cuidados e muito mais: acesse agora mesmo o nosso blog.